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Autoconhecimento é a nova palavra da moda

09/03/20230

A palavra autoconhecimento foi banalizada nos últimos 10 anos com o excesso de informações que nos foram empurrados goela abaixo. Não existe fórmula mágica. Existe paciência, persistência e profundidade. Jung nos faz refletir trazendo que você não se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim ao tornar a escuridão consciente. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular.

Não vamos romantizar o processo de autoconhecimento e sim compreender qual é o lugar e quais são as possibilidades disso acontecer. Convido você a exercitar o seu olhar e não pensar em autoconhecimento como algo a ser alcançado e sim vivenciado.

Não é um processo que segue as normas da produtividade da sociedade neoliberal. Muito pelo contrário: é impossível se conhecer por completo, pois a maioria dos conteúdos que nos ajudam a nos conhecer provém do inconsciente… e o inconsciente, meu bem.. é infindável e muito profundo.

Mas e aí? O que a gente faz?

Não se engane que o papel da terapia é reduzido em apenas ser uma pessoa melhor. Quando você quer ser uma pessoa melhor, geralmente é pensado primeiro para o outro. Para servir. O papel da terapia é o de promover um encontro de almas entre psicólogo e paciente, onde através de uma jornada dupla você possa encontrar o seu vir a ser.

O vir a ser nada mais é do que compreender que nós não somos o que fizeram de nós, o que nos definiram e como nos definiram, mas o que fazemos com o que fizeram de nós. A potência de transformar o que fizeram de nós é promissora e permite que nós possamos mergulhar em todas as facetas que criamos e que deixamos que outro criasse.

É permitir dizer o não para o que não é meu.

É permitir dizer o sim para o que é meu.

É olhar a nossa sombra e, mais importante, é olhar o que as sombras das sociedade doente que vivemos nos fizeram e nos formaram.

A busca pelo vir a ser é algo eterno e poético. É libertador e autônomo.

É sobre você e depois o outro.

É sobre preparar os seus corpos que já estão preparados, mas que foram tolhidos e castrados.

É sobre o encantar de corpos e colocá-los no mundo.

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